Sunday, April 22, 2007

Rascunho Proa7
Tecnologias Assistivas


Este trabalho tem como objetivo conceituar e discutir tecnologia assistiva e as inúmeras possibilidades que ela pode oferecer para atuar como auxílio ao processo de reabilitação, educação e inclusão social de pessoas com necessidades especiais. A pesquisa contempla informações, as inúmeras possibilidades de recursos em TA presentes no mercado, despertando a conscientização quanto a importância da utilização destes recursos e adaptações no processo de aprendizagem.
Para o desenvolvimento humano, a apropriação das experiências presentes no meio é de grande importância na construção de estruturas mentais superiores. O acesso aos recursos oferecidos pela sociedade, pela cultura, escola, tecnologias, influenciam determinantemente nos processos de aprendizagem da pessoa. A limitação de indivíduos portadores de deficiência representa uma barreira a este aprendizado. Desenvolver recursos de acessibilidade, as Tecnologias Assistivas, representa uma maneira de neutralizar as barreiras e inserí-los nos ambientes ricos para a aprendizagem, um meio concreto de inclusão e interação no mundo.
Conceito

Tecnologia é todo o conhecimento humano utilizado para resolver os problemas da humanidade. e vem para suprir suas limitações.Tecnologias Assistivas é sinônimo de ajuda técnica, tecnologia da autonomia.
Tecnologia Assistiva são todos os recursos e serviços que apresentam por finalidade ampliar as possibilidades de autonomia funcional de pessoas com deficiências. Estes recursos favorecem o desenvolvimento das possibilidades humanas, tornando as pessoas mais comunicativas e habilidosas, favorecendo assim o processo de inclusão social.
Em nosso país, a expressão Tecnologia Assistiva é recente e deriva de Tecnologia Acessiva, utilizada pela primeira vez pelo Ministério da Ciência e Tecnologia em 2005 como aquelas que reduzem ou eliminam as limitações decorrentes das deficiência física, mental visual, auditiva, a fim de colaborar para a melhoria do quadro de reclusão social, ainda presente nas vidas de muitas pessoas com deficiências e dos idosos.
O termo Assistive Technology, traduzido no Brasil como Tecnologia Assistiva, foi criado em 1988 como importante elemento jurídico dentro da legislação norte-americana conhecida como Public Law 100-407, que compõe, com outras leis, o ADA – American with Disabilities Act. Este conjunto de leis regula os direitos dos cidadãos com deficiências nos EUA, além de prover a base legal dos fundos públicos para compara dos recursos que estes necessitam. Nele, Tecnologia Assistiva se compõe de recursos e serviços. Recursos são todo e qualquer item, equipamento ou parte dele, produto ou sistema fabricado para aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais. Os serviços são definidos como aqueles que auxiliam diretamente uma pessoa com deficiência a selecionar, comprar ou usar os recursos acima definidos.



Categorias

Ao classificarmos as Tecnologias Assistivas em categorias, é importante fazer um distinção entre tecnologias assistiva, médica e de reabilitação. As tecnologias médica e de reabilitação são desenvolvidas para auxiliar no diagnóstico e tratamento de saúde e de reabilitação física, representam os instrumentos de trabalho dos profissionais que atuam na área.
Por TA compreende-se como o recurso do usuário, da pessoa com deficiência que atende sua necessidade pessoal de desempenhar funções do cotidiano de forma mais independente. Projetar uma TA implica num conhecimento do contexto, valorizando as intenções funcionais e competências envolvidas. Deve-se considerar o ambiente onde está ou estará inserida a pessoa com deficiência e as adequações necessárias para que tenha acesso e um desempenho autônomo na realização das tarefas.
O Ministério da Ciência e Tecnologia possui um Catálogo Nacional de Ajudas Técnicas, Fabricantes e Agentes Nacionais em http://www.ajudastecnicas.gov.pt/productCatalog.jsp.
Para Tecnlogias Assistivas, que é o foco do nosso trabalho, adotamos a seguinte divisão por categorias:
a) Auxílios para a vida diária e vida prática
São materiais e produtos que auxiliam à rotina, tais como comer, cozinhar, vestir-se, tomar banho, manutenção da casa, ... São exemplos os talheres modificados, suportes para utensílios domésticos, roupas desenhadas para facilitar o vestir e despir, abotoadores, velcro, recursos para transferência, barras de apoio, etc.



b)Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA)
Comunicação alternativa é para pessoas que não apresentam outra forma de comunicação e C. Ampliada é para pessoas que possuem alguma comunicação mas que não é suficiente para as trocas sociais.
São recursos eletrônicos ou não que permitem a comunicação expressiva de pessoas que perderam a fala ou com limitações. São muito utilizados gestos, língua dos sinais, expressões faciais, pranchas de alfabeto ou símbolos pictográficos, computador com voz sintetizada, etc.
http://www.comunicacaoalternativa.com.br/adcaa/

c)Recursos de acessibilidade ao computador
São equipamentos que permitem as pessoas com deficiências sensoriais e motoras a usarem o computador. Dividem-se em 4 grupos: equipamentos para pessoas que não necessitam de recursos especiais, para pessoas que precisam de adptações em seu próprio corpo, que precisam de adaptações no computador e pessoas que necessitam de programas especiais.
Equipamentos de entrada como teclados modificados ou virtuais com varredura, mouse especiais e acionadores diversos, sotware de reconhecimento de voz, ponteiras de cabeça por luz, etc.
Equipamentos de saída como de síntese de voz, monitores especiais, softwares leitores de texto(OCR), impressoras braile e o linha braile.
http://www.comunicacaoalternativa.com.br/adcaa/comput/computador.asp

d) Sistemas de controle de ambiente
São sistemas eletrônicos que permitem as pessoas com limitações moto-locomotoras controlar remotamente aparelhos eletro-eletrônicos, sistemas de segurança localizados no ambiente em que vive.

e) Projetos arquitetônicos para acessibilidade
São as adaptações estruturais e reformas na casa e/ou ambiente de trabalho representadas por rampas, elevadores, adaptações em banheiros entre outras que eliminam ou reduzem as barreiras físicas, o que facilita a locomoção da pessoa.

f) Órteses e Próteses
Órteses são peças artificiais colocadas junto a um segmento do corpo, garantindo-lhe um melhor posicionamento, estabilização e/ou função. Confeccionados geralmente sob medida e servem de auxilio para as mais variadas funções: escrita, digitação, utilização de talheres e objetos para a higiene pessoal, correção postural, etc.
Próteses são peças artificiais que substituem partes ausentes do corpo.

g) Adequação Postural
Compreende um projeto de recursos que garantam posturas alinhadas, estáveis e com boa distribuição do peso corporal controlando e prevenindo deformidades músculo-esqueléticas, melhoria do tônus postural, prevenção de úlceras de pressão, facilitação das funções respiratórias e digestivas e a facilitação de cuidados.
São almofadas especiais, assentos e encostos anatômicos, posicionadores e contentores que suportam e posicionam tronco/cabeça/membros.

h) Auxílios de mobilidade
Representado por peças ou objetos que auxiliam na mobilidade: bengalas, muletas, andadores, carrinhos, cadeiras de rodas manuais oi elétricas, bases móveis, andadores, scooters de 3 rodas e qualquer veículo de mobilidade pessoal na escola, casa ou trabalho.

i) Auxílio para cegos ou para pessoas com visão subnormal
Equipamentos para grupos específicos que visam a autonomia das pessoas cegas na realização de tarefas rotineiras: são lupas, lentes, grandes telas de impressão, ampliadores de tela de tv, hardwares como impressoras braile, lupas eletrônicas, linha braile, agendas eletrônicas, termômetro falado, relógio falado entre outros.

j) Auxílio para surdos ou pessoas com déficit auditivo
São vários equipamentos: infra-vermelho, FM, aparelhos para surdez, telefones com teclado-teletipo(TTY), sistemas com alerta táctil-visual, entre outros, celulares com mensagens escritas e chamadas por vibração.

k) Adaptações em veículos
São acessórios e adaptações que possibilitam a pessoa com deficiência a condução do veículo, facilitadores de embarque e desembarque(elevadores para cadeiras de rodas, rampas, auto-escola especializada,entre outros) para o transporte partícula ou coletivo.


O uso de tecnologia no processo de inclusão escolar
Para o homem, a tecnologia facilita a sua vida. Para pessoas com deficiência, a tecnologia é a diferença entre poder e não poder realizar funções.
Segundo dados do Censo Escolar de 2005, realizado pelo MEC, o Brasil tem 640317 alunos com necessidades educacionais especiais matriculados nas escolas do país. Para incluí-las efetivamente é necessário reconhecer suas diferenças e aceita-las, oportunizando os recursos necessários para que ela aprenda, recursos muitas vezes simples, como letras soltas ou textos escritos em maiúsculas até o uso de um computador adaptado.
No processo de inclusão escolar ideal, é o terapeuta ocupacional quem está capacitado a coordenar este processo.
Entende-se por Terapia Ocupacional uma área do conhecimento e prática de saúde voltada para a análise e aplicação terapêutica de atividades e, adaptação do ambiente com objetivo de facilitar a realização das atividades cotidianas com independência e autonomia. As dificuldades apresentadas podem estar relacionadas às atividades de vida diária, como alimentação, vestuário, higiene, locomoção, comunicação; à atividade profissional e, às atividades de lazer e do brincar. (http://www.comunicacaoalternativa.com.br/adcaa/to/oqueeto.asp)
O trabalho do terapeuta ocupacional na tecnologia assistiva compreende a avaliação das necessidades da pessoa com deficiência no aspecto físico, cognitivo e sensorial, sua receptividade quanto à midificação ou uso da adaptação, sua condição sociocultural e as características físicas do ambiente. Ele coordena a inclusão através de:
- Adaptações ambientais: rampas, barras, sinalização dos ambientes, iluminação e posicionamento da criança na sala, etc.
- Adaptação postural: da sua cadeira ou carteira escolar e adequações nas atividades em aulas complementares ou de lazer;
- O processo ensino-aprendizagem: planos inclinados, antiderrapantes, lápis adaptado, órteses, pautas ampliadas, letras emborrachadas, computador, etc;
- O recurso alternativo para comunicação oral: pranchas de comunicação ou comunicadores.
http://www.comunicacaoalternativa.com.br/adcaa/ca/oquee.asp
- A independência nas atividades diárias: adaptações como argolas para auxiliar a abertura da mochila, copos e talheres adaptados para o lanche,...
http://www.fcee.sc.gov.br/ajudastecnicas/matpedagogico.htm

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